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Sociedade Irupiense discute implantação da Apac no município

Por Assessoria de Comunicação

 Com o objetivo de discutir o processo de instalação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), na região do Caparaó, com sede em Irupi, o Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) junto ao Conselho Estadual dos Direitos Humanos em parceria com a Apac-Cachoeiro, apresentaram a metodologia da associação, durante debate realizado, no último dia 22, na Câmara Muncipal de Irupi. Participaram da mesa de discussão o prefeito de Irupi, Carlos Henrique Emerick Storck, o Promotor de Justiça, Cézar Ramaldes, os vereadores Fábio Barros Júnior e Elisete Schuab e  o conselheiro dos Direitos Humanos, Ademir Torres. 


Além do poder público, participaram as representantes da Igreja Católica, Jovelina Gomes Rimas e Nájla Alcure Rios, o pastor da igreja Metodista, Leandro Vargas Guerra e o pastor da igreja Batista, Eduardo Santos, a representante do Sindicato dos Servidores Públicos de Iúna e Irupi, Sadimar Aguiar,  Isaudino Alves, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iúna e Irupi e uma das articuladoras da associação para o município, Erlinda Maria Rodrigues. 

     
De acordo com o promotor Cézar Ramaldes, o trabalho da Apac apresenta  um método de valorização humana, agregada à evangelização, oferecendo aos condenados condições de se recuperar. "O mais importante para se construir uma Apac, em uma determinada região, é a aprovação da comunidade,  por isso apresentamos o funcionamento da associação. A diferença entre a Apac e o sistema carcerário é que os presos são responsáveis pela própria recuperação e são tratados com humanidade", explicou o promotor.


Após conhecerem o sistema Apac, os representantes da sociedade irupiense mostraram interesse em ajudar no processo de implantação da unidade no município. O prefeito Carlos Henrique mostrou disposição para contribuir com a implantação da Apac na região. "Acho que a Apac apresenta um trabalho digno e que realmente recupera condenados e dentro do que for possível, legalmente, estarei disposto a contribuir para que o município de Irupi seja sede da Apac", declarou. Representantes eclesiásticos e legislativos também falaram sobre a implantação e apoiaram a construção de uma unidade na região.

 

Comissão

Durante a reunião foi criado uma comissão de moradores que irão analisar e criar o estatuto de implantação da Apac. O estatuto  será apresentado para a população e representantes públicos, em uma Audiência Pública, no dia 02 de outubro, no Ginásio Esportivo de Irupi.


Para outras informações sobre o método Apac basta acessar o site da Federação Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC) pelo endereço: www.fbac.org.br

 

Experiência

Cantando hinos musicais Gospel, o grupo Gênesis, composto por recuperandos da Apac-Cachoeiro, também participou do evento.  Apresentados como recuperandos pelo método e não como condenados, os integrantes do grupo aproveitaram para dar depoimentos e falar sobre a importância da Apac para eles.


O recuperando Rómario Belizário, de 38 anos, da Apac - Cachoeiro, faz parte do Conselho de Solidariedade e Sinceridade (CSS) que ajuda no trabalho da associação quando um novo interno integra a metodologia. Condenado por tráfico de drogas, Belizário afirma que o trabalho da Apac é um incentivo para os condenados a acreditarem novamente na esperança de melhorias. "A Apac me ofereceu a oportunidade de acreditar novamente que tudo poderia mudar para melhor. É a oportunidade que tenho de ser olhado como um cidadão comum e não como um bandido", afirmou.

         


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